Resenha: Cartas da Alma – Annie Bryant
Todos acham que a família de Maeve é perfeita. Mas quando seus pais decidem se separar, Maeve percebe que nem tudo são flores. Justo no momento em que ela foi indicada para um prêmio por seu trabalho voluntário. Avery também está tendo problemas - ela deseja de ter um bichinho de estimação, mas sua mãe não quer ouvir falar de animais em casa. As Garotas da rua Beacon precisam de toda a amizade e companheirismo para encarar problemas com garotos, porquinhos da Índia fugitivos, um evento de gala e a implicância das Rainhas Malvadas.
A leitura de Cartas da Alma é uma recordação da minha pré-adolescência. O livro é um infanto-juvenil que mostra a vida e acontecimentos das garotas da rua Beacon, 5 meninas por volta dos 12-13 anos, que são amigas estudam na mesma escola e vivem intensas emoções e aprendizados ao longo de sua adolescência. Esse livro é o terceiro da série e lembro que comprei na minha primeira Bienal do livro em 2008, quando tinha a mesma idade das meninas, por isso rolou uma identificação logo de cara com essas personagens tão fofas e reais.
Somos apresentados a Avery,
Katani, Isabel, Maeve, Charlotte, cada qual com sua personalidade,suas
características, medos e problemas, mas com a força da amizade sempre em voga.
Particularmente nessa história temos como pano de fundo a história da Maeve,
que aparentemente tem uma vida perfeita, com sua família perfeita, porém seu
mundo desmorona quando ela descobre que seus pais irão se separar, não
definitivamente, afinal eles ainda estão trabalhando a ideia. Mas o fato é que
no momento eles não irão morar mais juntos e isso vira o mundo da Maeve e seu
irmão mais novo, Sam, de cabeça para baixo. A princípio a Maeve acredita que a culpa é
dela e tenta de todas as formas possíveis juntar os dois, mas depois percebe
que não é bem assim e que essa decisão cabe aos pais. E vemos uma temática bem
difícil ser trabalhada de uma maneira leve e bem real, mostrando todas as inseguranças, responsabilidades de uma decisão
assim, amadurecimento e como a Maeve lida com isso
Também temos uma apresentação na
escola, na verdade um projeto de Museu de Heranças, na qual as meninas e sua
turma nas aulas de história e literatura terão que pesquisar sobre o passado de
suas famílias, descobrindo algo de interessante sobre a história geral, ou algo
particular que represente alguma relação forte e de interesse dos alunos,
levando objetos que representem essas relações. Dessa forma vemos ao longo do
livro como o passado pode influenciar ou ter sua importância no momento atual e
como podemos aprender se olharmos um pouquinho para trás da nossa
história. Achei bem emocionante e rico, essas
buscas pelo passado.
Em um toque de diversão temos a
Avery tentando criar bichinhos de estimação e vendo o tamanho de suas responsabilidades
e o quanto é difícil. Situações engraçadas e constrangedoras algumas decepções,
mentiras, premiações, tudo regrado a uma fluidez de narrativa e um toque bem
gostoso de amizade que respeitam as diferenças e dificuldades de cada uma. E o
que percebemos no final da leitura é o quanto a amizade dessas garotas é
especial e também ficamos com vontade de também fazer parte desse grupo.
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